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Lixo Reciclável: Reciclagem de peças de veiculos

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Reciclagem de peças de veiculos

Aproveitamento de automóveis fora de uso: Brasil é 3º mundo
Nestes tempos em que a sustentabilidade ambiental se tornou predicado dos mais valorizados entre as ações das empresas, a reciclagem ganha força ainda maior como alicerce de um presente ecologicamente responsável. No entanto, se o País tem ótimas marcas no que diz respeito ao reaproveitamento do alumínio e outros materiais, o mesmo não pode ser dito em relação aos automóveis.
Segundo estimativa do Sindinesfa (Sindicato do Comércio Atacadista de Sucata Ferrosa e Não-Ferrosa), apenas 1,5% da frota brasileira que sai de circulação vai para a reciclagem. Para se ter uma ideia do atraso do Brasil nesta questão, a reciclagem chega a 95% dos carros fabricados na Europa e nos Estados Unidos.

Legislações específicas no exterior
Para não ficar apenas nos exemplos de Estados Unidos e Europa, podemos apontar que, no Japão, mais de 70% do material empregado na produção de veículos da Nissan é reutilizado. Entre os acessórios reciclados, destacam-se os air-bags, que chegam a taxas de reciclagem de mais de 90%.
Agindo desta forma, a montadora está simplesmente cumprindo com as determinações da Lei de Reciclagem de Automóveis do Japão, que estipula meta de reciclagem em 70% até o ano de 2015.
Em outros países desenvolvidos, os bons índices de reciclagem de automóveis estão ligados a legislações exigentes quanto às questões ambientais. É o caso da ELV (End of Life Vehicles – lei de reciclagem de veículos), vigente na União Europeia. Até 2015, a ELV exige uma reciclagem de 95% do veículo. Como, na Europa, as próprias montadoras têm a responsabilidade de reciclar os automóveis que produzem, as fábricas são estimuladas, cada vez mais, a utilizar materiais que facilitem o processo de reaproveitamento.


Centros especializados em reciclagem
E no Brasil? Aqui, a reciclagem de veículos ainda engatinha, principalmente porque não há legislação específica exigindo o processo. Como não há obrigatoriedade, os veículos acabam sendo descartados em desmanches e depósitos, ficando expostos às intempéries e perdendo a possibilidade de terem suas peças reutilizadas.
Outro obstáculo para a consolidação de uma cultura de reciclagem de veículos no País é a ausência de empresas especializadas nesta atividade. Um problema que já deixou de existir na nossa vizinha Argentina, onde um centro de reciclagem é um exemplo bem-sucedido de tratamento de veículos fora de uso, produzindo peças a partir do desmanche legalizado de 250 automóveis por mês. Com isto, a recicladora já comercializou mais de 25 mil peças reaproveitadas desde 2005; autopeças que, de outra forma, acabariam formando montanhas de lixo poluente.

Etapas do tratamento de peças
Nesses centros de reciclagem, as peças passam pelas seguintes etapas:
Descontaminação – Retirada de todos os fluidos, gases e elementos com potencial de contaminação.
Análise da reutilização – Escolha de quais peças poderão ser aproveitadas no reparo de outro veículo.
Reciclagem – Peças que não podem ser reutilizadas vão para a reciclagem, para passar por processo de retífica ou para que suas matérias-primas sejam aproveitadas na fabricação de novos produtos.
Estoque – As peças são identificadas, embaladas e estocadas num armazém informatizado.
País tem condições de tratar peças
Assim como acontece na Argentina e na Espanha, o Brasil tem todas as condições de desenvolver centros de tratamento de veículos, que seriam exemplos de desmanches legais, atuando na reciclagem e no reaproveitamento de peças de veículos fora de uso.
O Cesvi Brasil tem know-how para exercer esta atividade, mas precisaria de investimento para levantar as instalações, padronizar os processos e treinar os profissionais envolvidos.


 Artigo de opinião : Fazendo esta reportagem, aprendi que peças de automoveis que não podem mais serem usadas, também podem ser recicladas, assim como eu, muitos estão aprendendo cada vez mais com o lixo reciclado, podemos além de reciclar, reaproveitar as peças, fazendo vários objetos, os transformando em brinquedos para crianças carentes.

Postado por : Bárbara Peixoto
Bibliografia : http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/7351

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